Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando;
N~ua hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar ~ua hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
Luís de Camões
Foi este o poema que escolhi para declamar na aula de Português, disseste que "estava fixe", "é bonito", "amanhã de manhã passo por tua casa para decorarmos".
E assim passamos uma manhã, a decorar um poema de Amor, a decorar uma declaração de Amor repeleta de antíteses... A escolher a melhor maneira de a lermos: a duas vozes a primeira quadra; os dois primeiros versos da segunda quadra lia eu; os dois últimos versos dessa mesma quadra lias tu; o primeiro terceto lia eu; quanto ao segundo terceto: tu lias o primeiro verso, eu o segundo verso, e finalmente, tu lias o último verso do poema.
Em frente à turma: algum engasgo mas nada de mais...
Em seguida a prof. fez perguntas e eu respondi. Tu estavas um bocado atrapalhado com a análise do poema, tinhas percebido o seu sentido... Mas tu e as figuras de estilo não têm um relacionamento muito bom!
O Amor é um sentimento antitético.
Tu e eu...
Não somos mais do que uma antítese.
Contudo... "Os opostos atraem-se."
[Hoje o encontro matinal foi dedicado à matemática e à minha má disposição na noite anterior, nada de poesia... Porém, algo de Amor...]
Foi este o poema que escolhi para declamar na aula de Português, disseste que "estava fixe", "é bonito", "amanhã de manhã passo por tua casa para decorarmos".
E assim passamos uma manhã, a decorar um poema de Amor, a decorar uma declaração de Amor repeleta de antíteses... A escolher a melhor maneira de a lermos: a duas vozes a primeira quadra; os dois primeiros versos da segunda quadra lia eu; os dois últimos versos dessa mesma quadra lias tu; o primeiro terceto lia eu; quanto ao segundo terceto: tu lias o primeiro verso, eu o segundo verso, e finalmente, tu lias o último verso do poema.
Em frente à turma: algum engasgo mas nada de mais...
Em seguida a prof. fez perguntas e eu respondi. Tu estavas um bocado atrapalhado com a análise do poema, tinhas percebido o seu sentido... Mas tu e as figuras de estilo não têm um relacionamento muito bom!
O Amor é um sentimento antitético.
Tu e eu...
Não somos mais do que uma antítese.
Contudo... "Os opostos atraem-se."
[Hoje o encontro matinal foi dedicado à matemática e à minha má disposição na noite anterior, nada de poesia... Porém, algo de Amor...]