Wednesday, May 16, 2007

The last days

O ano lectivo está a acabar. O meu "árduo" décimo primeiro ano está a acabar, e com ele acaba muita coisa. Acabam as aulas de filosofia, de inglês e de fisica e química; acaba o sossego, já que vou ter que marrar, pela primeira vez em toda a minha (curta) existência, para o exame de física e química; acaba uma época completamente alucinante de competições de desportos gímnicos. Mas o facto, indiscutivelmente, mais estranho e díficil de aceitar é a nossa separação.
Eu sei que somos amigos há imenso tempo, (à escala adolescente) sei que te aturo há uma eternidade... Mas tu também sabes que adoro profundamente aturar-te, diariamente, constantemente, das oito e um quarto da matina até às oito e meia da noite (ou mais!). Na realidade, nós nunca falamos deste assunto, fizeste-me prometer que pr'ó ano te continuava a ajudar e nada mais. Mas eu sei, eu sinto cá dentro, que não vamos conseguir, que não vamos continuar a falar assim, em catadupa, pelo motivo muito simples e estúpido que já não vamos ter o tempo de aulas para conversar, e tu falas muito pouco comigo fora das aulas. "Tu também não vens ter comigo..." - Pois não, e tu também não. Vai ser este o problema. Gente orgulhosa como nós tem uns certos problemas em "ir ter" com o outro. Claro que isto é uma visão optimista, há sempre aquela possibilidade de tu cagares d'alto pr'ó assunto e não ligares nenhum aos anos que passaram e que passamos, enquanto que a parva daqui deste lado do ecran está convencida de que é uma questão de orgulho, o que implica logo à partida que tu, de facto, te importes comigo.
Como será fácil de perceber, este assunto anda-me a consumir os neuróniozinhos todinhos nestes últimos dias, o que não é nada agradável, como podes concluir.
Enfim, tenho medo, também tenho direito em fraquejar de quando em vez, não? E contigo, por ti, fraquejo tanto, rapaz, tanto. Até se me dá uma coisinha quando penso que, logo imediatamente a seguir aos meus pais, és tu a pessoa que eu mais adoro, que mais amo, o único rapaz que fui capaz de amar, a única pessoa por quem daria a vida. E é muito mau que eu pense nisto aos 16 anos de idade. Muito mau.