Wednesday, November 26, 2008

Penélope'pita's

E viv'às alcunhas estúpidas!
Que venham mais "enterranços" depravados!
Mais aulas de química de 15 minutos!
Mais discussões inúteis a cerca de dilemas praxísticos no piolho!

Enfim, que todos os dias sejam como este e que, de penico vermelho na cabeça, eu me sinta sempre tão feliz...!

Monday, October 13, 2008

Being a pink unicorn in a green field

Tive há tempos uma conversa, casual, descontraída, sobre que especialização gostaria de seguir, que me deixou, estranhamente, um pouco atarantada. O tema, de facto, pode realmente não ser tão descontraído como a conversa que originou, mas o primer do meu "aparvalhamento", apesar de se relacionar com o assunto, estende-se a muitos outros, visto que, caros leitores, me apercebi que...

Tan-ta-ran-tam...

...não tenho planos!

Eu disse planos, não disse objectivos nem ambições. Desses e dessas tenho para dar e vender!
Mas planos? Nops.
Conceptualizei fins, mas não fiz o mesmo aos meios. Não faço ideia do que vou fazer nos próximos tempos, dos caminhos que vou seguir, das opções que vou tomar.
Enquanto não andava na faculdade eu sabia que tinha de tirar boas notas e o que tinha de fazer para o conseguir com o mínimo de esforço possível. Tinha os meus amiguinhos, a minha ginástica, o meu mundinho e inquestionáveis certezas acerca de tudo que o compunha.
Agora as certezas que tenho são poucas e sobre pouca coisa.

Também é verdade que me fui apercebendo o quão inútil é para mim planear... nunca sigo os planos que faço! Logo eu, que nunca acreditei que houvesse um destino traçado para cada um de nós. Ainda não acredito. Mas, o rumo dos acontecimentos é tão exuberantemente indiferente ao meu planeamento que quase me convence de que realmente o meu poder de escolha é nulo.

Sim, tendo em conta que eu era uma menina-mulher das artes plásticas e que sou neste momento caloira de biomédicas...

Eu, que defendia arduamente que cada um tinha a capacidade de decidir quem amava...e que passei o secundário a sofrer continuamente por um amor que rejeitei, uma obessessão sem solução. Eu, que ia casar com ele...e que já não falo com ele à 4 meses e meio.

Os irmãos merda que nunca se separariam. Separaram-se.
As manitas "pergunta-lhe". Idem, aspas.

Eu que nunca teria uma curte, um caso de uma noite, porque era supérfulo e sujo, porque um beijo só deve ser dado a alguém especial. Ah ah ah ah, OMG! xDDD

Não tinha jeito para a ginástica. (?!?!)
Nunca ia usar calças justas.
Nem casacos compridos.
Muito menos as unhas pintadas de vermelho!

Tenho, uso, uso, pinto.

Enfim, eu que ia ser tão feliz de determinada maneira...
E que agora sou e espero que continuar a ser... De outra completamente diferente!



P.S. : Não, não consigo fugir a um pequeno plano: o de fazer durar e perenizar a amizade que nos une a todas desde o 7º ano (ou não, nalguns casos), o de estarmos todas juntas de 15 em 15 dias, o de vos fazer madrinha dos filhos que não planeio ter e de ser madrinha dos vossos. O de vos tentar manter junto a mim e de esperar que façam o mesmo. No Porto, no Estoril ou no Algarve... Seremos sempre NÓS.

Sunday, September 28, 2008

ICBAS

Integração, respeito, solidariedade e união.

Não são só palavras, são verdades que se podem constatar no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

Um sentimento de pertença, um abanão aos preconceitos, um grito que nos une. Enfim, uma nova etapa que está agora a começar e que promete ser melhor do que a anterior!



"É BIO...!

...MÉDICAS!"

Thursday, September 11, 2008

Regras da Sensatez

A porta fechou-se com um leve estalido, comum quando a madeira incha devido à humidade, depois disso... O silêncio. Um silêncio total e absoluto, incomodativo, como tudo o que é total e absoluto, um silêncio que me empapava a pele e os sentidos, escorrendo com dificuldade por cada milímetro do meu corpo.
A partir daquele vulgaríssimo dia de meio-sol não voltei à porta daquele primeiro andar. Até hoje. Hoje abri sem dificuldades uma porta principal nova e envernizada, percorri um corredor fresco e caiado, seguido de um lanço de escadas recentemente lavadas e parei em frente ao tal apartamento. O da porta, o do silêncio.
Então, chorei. Chorei tudo o que não tinha chorado na altura certa de chorar, o que revestiu o meu choro de um ridículo inegável e humilhante. Mas, enfim, não houve nada a fazer.
Subi mais um lanço de escadas, outra porta, o cheiro a fritos e a biscoitos do segundo andar do prédio da minha infância.

"Olá! Desculpem o atraso! Foi do trânsito, sabem, é sempre a mesma coisa a esta hora. Então, está tudo bem?"

Tuesday, September 09, 2008

A maioridade

Atingir a maioridade...

É uma treta!

Fica tudo na mesma como as vacas no pasto.

Tenho dito.



[não, não estou muito inspirada]

Friday, May 09, 2008

Vapor

Entraste sem pedir, sem dizer nada a ninguém. Não tinhas nenhuma justificação ou objectivo... Simplesmente entraste. Não posso dizer que tenha sido de rompante, porque na realidade foi uma entrada súbtil, nada triunfal e sem grande aparato.

Mas depois... Depois, ficaste. Sentaste-te no colo do meu rio e viste o que havia por trás dos meus olhos. Flutuaste no sal do que sou, no sangue do que fui e, ao chegar à foz, abandonarás o vapor do que serei.

E assim vamos escrevendo a nossa história, o nosso conto erótico de corações entrelaçados e de mãos escorregadias. Caminhando juntos, ora um calcando o outro, ora outro calcando o um - raras vezes lado a lado - afundando os pés na areia de palavras omitidas e inibidas, mas também de mar e de beijos salgados. (Lembras-te?)

Na tijoleira fria das emoções deixamos aquecer o que sentíamos até ao ponto de fusão do açúcar. Açúcar que se transformou em caramelo. Caramelo doce e enjoativo, tão peganhento que não te deixa sair desta praia com as costas e a cabeça erguidas.
Mas, eventualmente, hás-de conseguir sair, rastejando e rebaixando o que foste, mostrando finalmente o que és.

Agora, uma coisa te garanto: hás-de sair tão sujo e envolvido por todo esse sal açucarado, que nunca mais conseguirás tirar esse gosto da pele, da boca, da alma.
E, quando saíres, eu então serei vapor...



Vapor de açúcar para sempre misturado no ar que respiras.

Friday, April 18, 2008

Ele. E Ela.

No meio do polivalente da escola em que ambos andam ele falava com o outro, amigo de ambos, ela sabia que ele estava lá, apesar de não o ter visto, sentia a sua presença e ouvia a sua voz. A outra, amiga dela, falou com o outro.
Ela olhou para ele. Disse olá. Ele não olhou para ela. Ele não disse olá.

Ele passou passou pelo caminho de entrada da escola com uma outra, que ela não conhece nem faz questão de conhecer, ela olhou para ele mas já só o cumprimentou com um leve movimento de cabeça e com um piscar de olho. Ele não retribuiu qualquer dos sinais.

Continuaram a passar um pelo outro, agora ela já só olhava, e cada vez menos. Ele...Ele nada!

Ele entrou no ginásio onde ambos treinam, falou com a professora com quem ela estava a falar, quase que interrompendo a conversa. Acabou o que tinha a dizer e saiu. Ela já indignada e furiosa com a situação disse: "BOA TARDE...!!"



Ele disse: "Boa Tarde..."



Ela?

Ela fartou-se.
Ela desistiu.

Thursday, February 21, 2008






I wish that you loved me...

Friday, February 15, 2008

Mushroom

És tudo.

Sincero, bom amigo, bom ouvinte, disponível, atencioso.... Simpático, mesmo isso não sendo lá muito importante para mim devo dizer: és simpático.
Também me fazes rir e saltar e ser meia maluquinha, ou melhor, completamente maluquinha, como tu sabes que eu sou. Tu sabes. Pouca gente sabe.
E proteges-me. Fazes-me sentir em segurança num mundo que nos últimos tempos não faz nada senão deitar-me a baixo, e isso, isso eu nunca te vou conseguir agradecer.

Aqui está algo "positivo e bonito" para ti...

Quanto à intenção...não posso fazer nada para contrariá-la. Está para além das minhas capacidades e tu sabes.

Tu sabes(-me).

Pouca gente sabe.