Sunday, February 20, 2011

A verdade é que, neste momento, a minha vida corre sem problemas, sem sobressaltos. Está tudo bem. Os amigos estão bem, os meus pais idem, o 1º semestre foi concluído com sucesso e a tuna vai de vento em popa.
No entanto, eu não me consigo sentir tão realizada e feliz como gostaria porque sinto um vazio tremendo por não ter Uma Pessoa para partilhar estes momentos. Talvez isto faça de mim estupidamente exigente, mas não é um sentimento que eu consiga contrariar. Consigo lidar com ele, ignorá-lo um bocadito até... Enfim, viver com este bichinho que me rói lentamente a alma.

Anyway, I'll always have the music...



Estabeleci ao longo destes últimos tempos uma relação de amor-ódio com o "meu" contrabaixo, o Panchito. Adoro a sua forma e o seu timbre grave e ressonante, é um deleite balançar-me apoiada nele, como uma criança, e será sempre desafiante aprender a tocar músicas novas, bem como descobrir a localização de determinadas notas (sim, porque só muito recentemente é que começaram a existir mais do que cinco notas em cada corda, para mim). Mas o que ODEIO - muito mais do que as bolhas e os calos no meu dedo indicador direito, que parece uma vítima de guerra - é que o bicho não me deixa cantar. Irrita-me solenemente! É que mais ninguém o queria aturar e eu, que sempre achei aquele brutamontes-mas-elegante fascinante e que me entreguei ao seu estudo de corpo e alma, levo por tabela, porque o menino é tão exigente e suga-me tanto a atenção que não me deixa fazer o que mais gosto!
O propósito deste desabafo é comparar-te ao Panchito. Eu Adoro a maioria das características que detecto em ti - sim, eu analiso tudo, demasiado? provavelmente -, mas há certas coisas que tu dizes, certas atitudes que tomas, que me dão vontade de te esganar. Juro. Ou isso, ou um murro no meio dos olhos.
E está-me a querer parecer que não ias conseguir lidar comigo, mesmo que houvesse alguma hipótese para nós - que não há, o meu cérebrinho sabe - eu seria excessivamente...tudo, para ti. Tenho um modo demasiado LOUD e dramático de viver, acho eu.

And I'm not giving up on that.