Há uns dias, despertei. Um acordar cortante, aflito, uma seringa de adrenalina espetada em cheio no peito de uma drogada em estupor, ridícula. Parva. No entanto, o que interessa é que acordei e agora tenho uma oportunidade de, peço perdão aos que não concordam com o método, racionalizar as coisas. Adoro racionalizar. Ver a situação de cima, feita ave de rapina, alma descarnada que sobrevoa a merda que escorre e decorre sobre o solo. E a razão diz-me, repetidamente de modo a prevenir recorrências, que me afaste, que deixe morrer.
Se eu não for capaz
Eu espero vê-lo em ti
Eis como me ajudar
Sentir não é mostrar
E dar não é sentir
É morrer em paz
Eu espero vê-lo em ti
Eis como me ajudar
Sentir não é mostrar
E dar não é sentir
É morrer em paz
Ornatos Violeta - Deixa morrer
1 comment:
"nunca foi, nem irá ser..."
É tão difícil convencermo-nos do "nem irá ser". E mais difícil é mantermos essa verdade da nossa mente com o passar do tempo, agarrada à capacidade de racionalizar as coisas, uma capacidade que o amor nos rouba, porque há sempre algo nos faz acreditar outra vez e entrar novamente na "história que não é" nossa...
Gostei muito do texto. Uma forma crua de descrever o despertar do sonho em que o amor nos envolve. Muito muito bonito!!
Ricardo
Post a Comment