Sentir respirar junto ao meu pescoço. É disso que sinto mais falta, é por causa disso que não adormeço. Devido à ausência de uma lufada de ar quente na minha nuca. A ritmo lento e quase constante, pontuado por alguns intervalos mais prolongados e por alguns movimentos de aconchego. O aconchego. O tão querido e simples aconchego. Um corpo contra o outro, sem qualquer intenção que não a proximidade, e o prazer e a segurança que dela resultam. Os braços dele enroscados em torno da cintura dela. A face anterior do joelho dele encostada à face posterior do joelho dela. Ela pega-lhe na mão e trá-la para junto do peito e assim adormecem, de mãos dadas, levados pela melodia dos batimentos cardíacos de ambos. A cada leve acordar ela beija-lhe a mão, ele beija-lhe o pescoço, e continuam o sonho, possivelmente, conjunto.
De costas voltadas e no escuro, nunca estiveram os amantes tão claramente de frente.
2 comments:
Adorei! =D
levei um pouco desse lindo texto em minha retinas cansadas!!!
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