Wednesday, December 09, 2009

Respiremos fundo.

"Pensei que ficando do lado de fora da vida conseguiria agarrar a dor pelas costas e matá-la."

Inês Pedrosa IN A Eternidade e o Desejo


Eu nunca vivi - se é que se pode utilizar o termo «viver» quando se está do lado de fora da acção - do modo descrito acima, tão resumida e claramente, pela minha acérrima Inês Pedrosa (Avé!). Orgulho-me de jamais ter fugido do rumo que dei, mais ou menos acertadamente, à minha vida, lidando com as consequências dos meus actos, das minhas posições, das minhas paixões. Estas últimas, particularmente, trouxeram-me bastantes momentos que terei forçosamente de classificar de MAUS momentos. Quando falo em paixões, falo no sentido lato e ambicioso do termo, abarcando a dança, a ginástica, a música, a literatura, as artes plásticas, bem como as pessoas por quem fui - e também as por quem ainda sou - realmente APAIXONADA.
Posso referir as lesões irreversíveis resultantes da prática de ballet clássico e moderno e de ginástica, a frustração e indignação que sentia quando alguém duvidava acerca da autoria dos meus textos, e claro, o que doeu e sempre doerá mais, a infelicidade cortante das amizades não correspondidas ou pouco respeitadas das quais já falei que chegasse neste blog.

Mas, ao fim de contas, o que importa é que EU VIVI tudo isso, eu experimentei todos esses sentimentos, pelo que os seus antagonistas, que em suma se fazem representar pela FELICIDADE, são muito mais apreciados por mim do que, possivelmente, por outras pessoas que tenham fugido do que realmente amavam para não sofrerem quando esse amor se lhes fosse arrancado ou simplesmente se desvanecesse.
Como já vou sabendo quais os contornos do que se sente quando se está INFELIZ - note-se, apenas os contornos! - apercebo-me talvez mais prontamente de episódios, acontecimentos, atitudes, etc, que possam pôr em risco a minha tão estimada felicidade. E ultimamente esses pequenos nadas têm sido relativamente abundantes, espreitando ao longo do meu dia-a-dia... O que me tem ASSUSTADO DE MORTE.
Eu não posso voltar a passar pela angústia constante do meu 10º ano. Não sei até que ponto estarei pronta para aguentar uma queda tão grande. Eu sei que já se passaram uns anos, mas ainda estou frágil, e o ano passado foi tão bom... Uma pessoa habitua-se facilmente ao que é bom!

Hoje nem notei muito tais incidentes, espero que seja um sinal de que a tal panóplia de ocorrências foi apenas uma fase atribulada que já terminou. Espero!

Está mais do que provado que nós realmente GOSTAMOS MUITO UNS DOS OUTROS, vamos nutrir este carinho que sentimos com gestos e palavras bonitas, meus queridos? Vá, não tomemos as coisas por garantidas que essa atitude nunca traz nada de bom!

Ao pessoal original, um bem-haja! ;)

3 comments:

Thomasss said...

Em duas palavras ADO-RO...
Entendo o que queres dizer... Vivo de perto com esses sentimentos, mas como dizem os mais sábios, "quem não sente, não é filho de boa gente".

Um brinde a que os velhos tempos retornem em força...

Ao pessoal original, um bem haja
;D

vasco santos said...

em duas palavras
impe cavel
lol

o mesmo anónimo do post lá de cima.. xD said...

Agora em três: BRU-TA-LE! x)

lool. Estou em tom de brincadeira, mas achei fantástica a maneira como expuseste o tema. Despiste a alma e mostraste-a assim mesmo... a nu. o que não é nada fácil, ou plo menos pra mim não é! lol

agora só numa palavra: Táfixe! xD